quinta-feira, 16 de abril de 2009

Descobertas fêmeas assexuadas na Amazônia

É isso mesmo. E tem mais, elas se reproduzem! Mas não se assustem, não são mulheres, são formigas. A nova espécie recebeu o nome de Mycocepurus simthii.
Os pesquisadores descobriram que a nova espécie de é formada só por fêmeas e que se reproduzem sem a prática do acasalamento. A equipe de cientistas, liderada pela bióloga norte-americana, da Universidade do Arizona (e podia ser diferente?!), Anna Himler, informa que vários testes foram feitos com os insetos.
Curiosidades da espécie descoberta:
  • todos os membros do formigueiro são um clone da rainha da colônia, ou seja, têm o mesmo DNA;
  • elas não têm capacidade de se acasalarem, pois seus órgãos sexuais não funcionam, o que é muito raro entre formigas;
  • apesar de várias espécies de formigas cultivarem fungos, a Mycocepurus simthii desenvolveu uma maior variedade de culturas.
Segundo a bióloga, a assexualidade traz vantagens e desvantagens para as formigas. Como vantagem, citou a capitalização de seus recursos energéticos na geração de fêmeas reprodutivas (de 50 para 100%). Como desvantagem, Himler apontou a pequena diversidade genética, o que as tornam menos resistentes a parasitas e doenças.
"Em insetos, há diferentes tipos de reprodução, mas esta espécie evolui de uma maneira própria incomum", disse a bióloga.
A Martialis heureka
No final do ano passado, em meados de set./2008, outra espécie foi descoberta na Amazônia, tão ou mais estranha que a Mycocepurus. Seu sugestivo nome tem o significado peculiar: Martialis, por causa de Marte; e heureka, por causa de Arquimedes (aquele do "eu descobri!").
A Martialis não é assexuada, mas é extraordinariamente diferente:
  • tem 2 ou 3mm de comprimento,
  • não tem olhos,
  • tem duas grandes mandíbulas,
  • as patas dianteiras são finas e mais compridas que as formigas comuns;
  • habita o solo;
  • raramente vê a luz do dia; e,
  • alimenta-se de outros animais como insetos, artrópodes ou anelídeos.
Fontes:
BBC Brasil (em matéria de Victoria Gill - BBC News)

3 comentários:

  1. Sensacional, nunca imaginei algo assim.

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  2. Essas mutações podem ter sido produzidas por pesticidas? ou mudanças climáticas? Abraços

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  3. Maria V. F. L. Barbosa25 de mar. de 2010, 09:20:00

    Muito interessante essa descoberta.

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